Chega a fase de apresentação dos alimentos, os 6 meses, e todo mundo começa a pressionar 'tem que começar a introduzir sólidos'. Parece que todas crianças são iguais e que aos 6 meses já tem que comer. Mas cada bebê é um bebê e tem seu tempo próprio para cada coisa, às vezes calha de ser o mesmo que a sociedade considera, outras não.
Antes da Juh completar 6 meses todo mundo já me pressionava para oferecer alimentos quando ela chegasse na fase, eu usava minha cara de tanto-faz clássica e ignora, fingia que concordava (às vezes nem isso). Mas chegou a data e eu fui apresentar esse mundão gastronômico para ela.
Na noite do dia (deu para entender?) que ela fez o mesversário, resolvemos oferecer maçã raspadinha. Não comeu nada. Depois mamão, nada também. Cenoura, pêra, beterraba, nada, nada, nada. Ok, então, não é hora da introdução, vamos esperar um pouco, quando demonstrar interesse nós começamos.
Domingo, uma semana depois do episódio da maçã, fomos comer açaí em um barzinho e dei um pouquinho para ela provar, simplesmente a-do-rou. Achamos que era hora de oferecer coisas específicas para a idade dela, chegamos em casa e tentamos: nada, nadinha, fechou a boca e só faltou me colocar de castigo tamanha a braveza.
Segunda, namorado saiu do dentista e não dava tempo de fazer nada em casa para o almoço, fomos em um restaurante que tem próximo daqui. Quando estávamos no meio do almoço, ela começou a reclamar e adivinha o que era? Queria a comida do nosso prato! Ela só se interessa pelo o que vê a gente comendo, só mostrando interesse depois de algum tempo (quando confirma que estamos comendo aquilo mesmo).
Agora me responde: como eu vou dar alface, tomate, arroz, lentilha, para um bebê de 6 meses? Maldito açaí.
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