11 de junho de 2010

Assunto da Semana: Natação para Bebês

É mais um, de todos, os assuntos polêmicos da maternidade: uns dizem que faz bem, outros que faz mal, e alguns ainda arriscam dizer que tanto faz (o famoso não fede nem cheira).


Informações

- Faixa Etária: Entre 2 e 6 meses (esse é um aspecto muito divergente) até 2 ou 3 anos
Alguns asseguram que quando o bebê nasce já está pronto para começar e o único empecilho seria a temperatura da água que deve ser morna como a do banho, já que o bebê ainda não consegue manter a temperatura do corpo. Outros aconselham esperar de três à oito semanas, já que com esse tempo o bebê está mais adaptado aos pais e já aprendeu a mamar, o que é muito importante porque é gasta muita caloria que precisa ser reposta. A grande maioria elegeu os 3 meses como o melhor momento para incluir o filho na natação, já que o bebê ainda tem recordações ativas do útero, mas não é tão indefeso (o bebê mergulha na piscina, bate pernas e bracinhos e, com a ajuda da mãe ou de um professor, vem à tona, sem engolir água). Mas tem ainda os que acreditam que o bebê só está pronto para esse tipo de atividade aos 6 meses, é a fase que ele já tomou todas as vacinas, está mais ativo e sabe da existência do seu corpo - é nessa idade que o bebê começa a "aprender" alguma coisa, antes disso é só brincadeira.
Entre os 2 e 3 anos, ou quando a criança aprender a nadar, ela já não vai precisar mais de um acompanhante para a aula e poderá ser transferida para uma turma de natação infantil.
Como cada um sabe de si e do seu filho, vale a pena conversar com um pediatra e seguir o acredita ser o correto. 
- Duração da Aula: Entre 20 e 45 minutos / 2 vezes por semana
Nunca mais que 45 minutos, já que bebês não conseguem se concentrar por mais que isso e as aulas podem ficar sofríveis. E duas vezes por semana é o aconselhável, mais que isso pode acarretar em complicações.
- Gasto Inicial: R$ 181,72 em média
Roupas de banho para o responsável que vai acompanhar a aula e para o pequeno, além de toalhas para quando sair da piscina.
- Gasto Mensal: R$ 112,91 em média
As aulas variam de preço, entre R$50,00 e R$150,00, depende se a aula é individual ou em grupo, da piscina, das professoras, um mundo de coisas. Algumas escolas pedem as Fraldas para Piscina, outras não.
- Dicas
  • Preferir as piscinas aquecidas
  • Optar por horários antes das 10h ou após às 16h (o sol matinal é melhor)
  • Começar com aulas individuais (para aprender a lidar com essa novidade)
  • Escolher professoras que gostem de crianças (acredite, tem algumas que não gostam)
  • Levar alguns brinquedos para a criança se distrair
Benefícios

Segundo quem faz estudos clínicos da coisa, a natação é um ótimo meio de melhorar o desenvolvimento do bebê. Ela proporciona aos bebês benefícios físicos, orgânicos, sociais, terapêuticos e recreativos, melhora a adaptação na água, aprimorando a coordenação motora, noções de espaço e tempo, prepara o psicológico e neurológico para o auto-salvamento, aumento da resistência cárdio-respiratória e muscular. A natação ajuda também a tranqüilizar o sono, estimular o apetite, melhorar a memória, além de prevenir algumas doenças respiratórias.

Físico: é um exercício e como tal auxilia no fortalecimento da musculatura, colabora com a lateralidade, com o equilíbrio, com a orientação espacial e com a coordenação motora ampla. Dizem que é crucial o bebê adquirir diferentes tipos de movimentos e habilidades físicas durante o primeiro ano de vida, a fim de promover o desenvolvimento de algumas funções cerebrais. Além de tudo, o bebê desenvolve habilidades físicas que não teria a oportunidade de experimentar sem a natação.
Orgânico: Na realização de movimentos sofremos um aumento da temperatura corpórea, sendo assim bem provável que existem outras modificações no sistema cardiovascular e respiratório do bebê: os
exercícios aquáticos aumentarão a capacidade cárdio-pulmonar e vascular, como também, o
apetite, devido ao desgaste calórico, além de proporcionar um sono mais tranquilo.

Sociais: É muitas vezes a primeira experiência social do bebê com outros bebê: eles aprendem a se relacionar e interagir uns com os outros. Aumenta o auto-estima porque o bebê conquista objetivos. É um meio de descarregar a energia e as frustrações (sim, bebês tem frustrações). Sem contar que é mais um momento de interação entre os pais e o bebê.
Terapêutico: A natação há muito tempo já é indicada para pessoas com deficiências respiratórias (como asma e bronquite), para os bebês serve como prevenção de uma série de transtornos respiratórios (como aumento de secreções ou irritação da parede brônquica). E também melhora problemas posturais.
Recreação: Nadar já é divertido, nadar com os pais é o máximo, imagina isso acrescido de mais um monte de bebês para se divertir? É perfeito! E ainda ajuda ao bebê associar atividade física à diversão.
Segurança: Essa vantagem é mais para os pais, pois evita acidentes em piscinas, já que a aprendizagem trás conhecimento e adaptação do bebê ao meio líquido, facilitando assim sua busca por apoios, bloqueio da glote sempre que o rostinho entrar em contato com a água e o respeito por entrar na água somente quando for pedido.
  
Objetivos
  • Adaptação ao meio líquido 
  • Mobilização em direções diversas
  • Mergulho simples com controle de respiração 
  • Equilíbrio em base móvel 
Exercícios com o acompanhante, movimentação frontal, lateral e em deslocamento
Neste primeiro contato com o meio, o bebê deve receber estimulação e adaptação em um reconhecimento do ambiente, sentir o contato da pele com a água, sentir a temperatura e poder desenvolver percepção na alteração da direção e sentido. Quanto mais solto e livre o bebê sentir-se com segurança mais facilmente poderá avançar nas fases do ensinamento.
Flutuação em decúbito ventral com o auxílio do acompanhante
O bebê deve ser estimulado a se movimentar em pegar objetos e sentir que também pode interagir com o meio. Flutuando de barriga para baixo o controle da cervical é testado e estimulado desenvolvendo a possibilidade de tirar o rosto da água para respirar quando desejar. No entanto ainda não é o momento de submergir com o bebê, apenas passear com o rosto próximo a superfície. Neste momento também é interessante que se estimule a mudança de decúbito, (barriguinha para cima, barriguinha para baixo). Dependendo a idade do bebê.
Assoprar a água e aceitar os respingos
Estimulado pelo acompanhante ele irá ser incitado em soprar a água e os respingos que se dirigirão até seu rosto estimularão o reflexo do mergulho. O rosto possui muitas terminações nervosas e para que seja imerso é necessário que o bebê sinta-se seguro e com estes receptores acostumados ao spray de água no rosto.
Flutuação em decúbito dorsal com o auxílio do acompanhante
Controlar a cervical e sentir qual musculatura pode relaxar e qual poderá contrair para se manter, este é o objetivo deste exercício. O acompanhante deve movimentar os membros inferiores e os bracinhos e flutuar o máximo possível o corpinho do bebê, com apoio apenas no centro de flutuação.
Equilíbrio sobre o tapete de EVA
Este exercício serve para desenvolver o equilíbrio e dar percepção da inconstância que é o meio líquido e também para que possa se sentir livre sem o contato do acompanhante. O acompanhante deve mobilizar, em princípio suavemente e depois caoticamente o tapete, até a possibilidade de controle de equilíbrio do bebê.
Mergulho acompanhado
Mergulho abraçado com o professor próximo a superfície em uma pequena distância, que deverá ser aumentada com a capacidade do bebê.
Mergulho longo
O professor mergulha o bebê na direção do acompanhante e ele o recebe na superfície.
Este exercício é o final da primeira fase no ensino da natação de bebês e serve para se classificar o nadador para o próximo nível. Distante cerca de um metro a um metro e meio, o instrutor pega embalo com o corpinho do bebê e o projeta em direção do acompanhante.

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